Não necessito preocupar-me com o destino dos dias. Só a incerteza da hora da morte me deve afligir.
O resto da vida deve ser um fluir natural da produção.
Evito, logo agora, de pensar em pensar. Ou sou mentiroso. Sim, minto na caneta e no papel. Tudo entra em mim com sinceridade. Tudo sai de mim com falsidade. E ao espelho sou eu. Mas que eu? E ao espelho sou eu. Mas que eu?
Ao espelho, quem vê e quem mostra. Sou ambos simultaneamente? É verdadeira a assimilação da mentira?
Não coexisto pacificamente comigo neste habitat de pele. Sou quem me queima nesta caça às bruxas. Sou quem me afoga no dilúvio do qual fugi.
Como é que dois podem ser um? Que matemática me explica isto? Quem é pé esquerdo e quem pé direito? Sou salvador ou suicida?
Ora vê lá se sabes quem sou: o demónio da concórdia ou o anjo da discórdia...
Sérgio Santos
19 de Agosto de 2009
Coimbra
sábado, 22 de agosto de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Para Procurar Ser
Venho a cair na roupa que me usa para passear. Assim se iniciam os dias. Tudo é devolvido então à terra que nos impele à (e)moção de viver.
Somos assim, um forçar o respirar do início ao fim.
Somos assim, um forçar o respirar do início ao fim.
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